Poesia inacabada

Sou você inteira. Perder alma com alma? Não! Sou nervos Sou cabelos Sou tudo em você Sou conversa fiada Palavra engasgada Viagem não planejada Sou o beijo contido O amor mal resolvido E o crime a ser cometido Sou aquela na janela Que te olha de esguelha Fingindo não sentir O que não devo permitir

LUTO

Ela, com profundo ódio, meditava. Não entenderia jamais aquela indiferença, O abandono tão fácil de seu frágil E sincero coração de puro amor. Machucada nas fímbrias sentimentais Agora partidas. Abandonou tantos amores e que amada era. Ali deitada em meio aos panos Que guardavam o cheiro, O perfume dele, Aos prantos dos impensados gestos De

AMIGO MEU

Se eu pudesse te dizer apenas uma coisa, Em um único instante, Momento curto, sem delongas, Diria o quanto te gosto. Mas dizer não abarcaria o sentimento De quem conhece e sabe o gosto sossegado Dos teus abraços apertados. Por isso, Se me permitissem escolher uma única palavra, Escolheria “amigo”, Palavra que uso pouco, Como

Volátil

Pobre semi-indivíduo que sou. Sigo só Em busca de nós. Nós dois, nós três, nós eu, Agonizante. A paixão pousa em mim: Coração desajustado À espera do ourives do amor, Experiente em relações Sem sentidos e sem asas. Então, encontro nós, Mesmo vazia de mim. Preencho-me dele (nós) Na inútil tentativa de ser dois, Quando